segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Cruel


                                                                                      "She's convinced she could hold back a glacier.  
But she couldn't keep baby alive.  
Doubting if there's a woman in there somewhere.  
Here, here, here..."





Você tentará esquecer.
É inevitável.
Fará o monstro adormecer.
Até que um dia,
por uma palavra, uma imagem ou fragrância,
todas as memórias despertarão, contundentes.

E só te restará a tua mente desmoronando, porque todo o resto foi corroído.
A alma está perdida.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Pointless

Então é aquela luta - diária, a cada hora, a cada segundo, tentando conter o impulso (tão natural e tão sedutor) - e isso cansa. Afundar, por mais contraditório que pareça, parece muito, muito mais fácil neste ponto.

domingo, 16 de janeiro de 2011

Ano novo, vida... nova?

Eis que em meio ao falatório do povo -incrível que quando a perda (no meu caso, as perdas. não é qualquer mulher que perde quatro filhos e não se mata, loucura é outra história) não é sofrida na pele, ninguém acha que é grande coisa...- eu me vejo com uma emoção toda nova, assim, como diria... mais disposta? Que espantoso! Devo ser mesmo ciclotímica, viu. Aliás, isso aí é outra coisa que ainda escrevo qualquer dia. Tudo tem virado doença, mundinho estranho esse!

sábado, 6 de novembro de 2010

Cinzas

Uma prisão dentro de mim.

E eu sinto - ou imagino? - seus movimentos aqui dentro, todos os dias.
Imagino como teria sido te ver crescer.
Me culpo, sim, todos os dias.
Eu provoquei isso?
De certa forma, sei que sim. Não diretamente, é verdade.
Mas de certa forma. Isso dói tanto.
Ter te ferido me dói.

E eu ainda não consigo te deixar ir.
Tua lembrança estará sempre aqui.

Penso em peixes e incensos.
Será que você está livre?
Será que estarei livre, algum dia?

Quero mergulhar no mundo,
e esquecer,
esquecer...
de tudo, mas não
de ti, minha pequena luz.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Ventre Vazio





A imensa lacuna em tudo. A vida incompleta no sentido mais literal e doloroso possível.
A culpa, mesmo que não existam culpados.
Depois é não querer mais.
Uma contagem progressiva: 1 ano, 2 meses, 10 dias.
A verdade é que na maior parte do tempo, sinto-me apenas...incapaz diante da vida. De gerá-la, de viver.

terça-feira, 27 de julho de 2010

6:58





Tenho uma fixação nada normal com números.
Sempre há uma ânsia de vê-los decrescendo, como o ponteiro do relógio voltando ao passado.

Há erros que ainda não sei como remediar.
Há situações que não sei manejar.
Há verdades que são dolorosas - mas agora, as confronto, estou em paz.
As perdas são para sempre, por um momento.
No outro, cabe a nós seguirmos.

E no dia de hoje, continuo imaginando como seria ter você aqui.

Seria como dar primeiros passos?

Hoje é incerteza.

terça-feira, 20 de julho de 2010




Eu não poderia esperar que ela me levasse por uma "estrada de tijolos amarelos", mas aquela jornada definitivamente contrariava todo o conceito de sanidade que eu poderia ter...
Já ouvi falar de mundos e mais mundos. Mas para mim, até aquele momento, isto tudo era algo que se restringia à literatura fantástica. Acho que sou Alice no País de Nenhuma Maravilha. Não muito diferente do mundo de onde venho, afinal...Onde estive estacionada e sem perspectivas